Quando me disseram que escrever um livro era um projeto de vida, ou que era quase um parto, eu não acreditei. E agora estou vivendo isso na pele.
Quando você vive de literatura, da escrita, acredito que deva ser mais fácil, pois seu tempo é dedicado a isso, as idéias vem de forma involuntária, e você está aberto a recebê-las e usá-las da melhor forma, e todos os dias você escreve, e pensa, e imagina, e cria...
Quando você não trabalho com arte ou literatura, tudo fica mais difícil, pois você tem que dividir seu tempo com família, trabalho, estudos e tudo o resto a sua volta e o "livro" vai ficando para trás!
Fora as particularidades que ocorrem, como revisar vários capítulos para passar para formatação e revisão ortográfica e simplesmente salvar num "disquete maldito" (risos), e perder tudo, e ter que começar do zero.
Percebi também que a ideia/insight que nos ocorrem no momento da inspiração é única, não volta mais.
E quando você retoma, já é outra energia, outra história, outro momento!
E mesmo sendo a mesma história, todas as vezes que você a lê tem sempre algo mais a acrescentar ou mudar, dai você pensa: "meu Deus essa história não vai terminar nunca" pois o seu maior crítico é você mesmo, e isso, para alguém perfeccionista é um problema (risos).
E assim sigo tentando finalizar, digo, parir, esse meu filho, que me faz rir sozinha, com as histórias escolhidas.
E acredito que quando ele estiver pronto acho que vou até chorar, não de tristeza, mas de alegria de poder vê-lo inteiro, concluído, revisado e com capa!
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Graziela Morais
